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domingo, 22 de fevereiro de 2009

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009



Guarapa da terra
Cidão da Baiana
Maio de 1995
Garapa da terra
Moenda roncando
O trator virando a terra
Do meu pensamento
Garapa da terra
Tempo correndo
A chuva que caia
No meu tempo de criança
Terra boa
Terra vermelha
Ali eu brincava
Ali eu corria
Na beira do rio
Nas minhas travessuras
A terra boa
Terra querida
Do meu tempo
Que não volta mais
Debaixo da figueira
Vinha a rasteira
Dos amigos da terra
Dos amigos sim
Todos se foram
Alguns pro lado
Outros que nunca
Mais eu as vi
Da terra eu tenho,
Sinto muitas saudades
Da minha terra
Terra boa
Dos canaviais
Da garapa da terra
Dos pantanais
Da lagoa
Os meus amigos
Todos enfim
Onde estão, não sei
Algum se lembra de mim
A minha terra
Garapa da terra
Noite sem fim
Luar tão bonito


Linda e Bondosa
27/06/95
Cidão da Baiana
Meiga linda e bondosa
Leiga do meu amor
Morena cor de jambo
Faceira tu es uma flor
Cabelos pretos e compridos
Cabelos que amei
Fiquei amarrado em você
Amargando sentimento de dor
Ela nem pra mim olhava
Ou simplesmente
Um bom amigo
Eu estava sofrendo, muito com isto.
Meiga linda e bondosa
A gente tem, que sofrer um dia.
Mas ela me fez
Sofrer muito mais
O meu amor, não era correspondido.
Que ela nem sabia
Meiga linda e bondosa

Aparecido de Souza
São Paulo 30/09/2007


Na Brisa da Manhã
30/06/95
Cidão da Baiana
Na brisa da manha
La no meu sertão
Com orvalho no rosto
Cantarolando uma canção
De ver Mariazinha
Ou Ritinha talvez
As lindas pequenas
Que chegou sua vez
Com a enxada no ombro
Vai pro canavial
Carpir a cana, tiririca de tal
Berduega, mato macio
Marmelada, coisa sem fio
A esperança, de um dia ver melhor
Casar e ter filhos
Seguir sua vida
Conforme Deus quis
È assim que o sertanejo pensa
Na brisa da manhã
Vem outra canção
Na brisa da manha
Vem outra canção
Que é do seu gosto
Ver os amigos que um dia se foram
Sentir a paz, alegria do lugar
Mas falta algo, tem que casar
Com Maria Rita
Ou Martina do lugar
Chega a tardezinha
Pra casa, vem chegar
Cansado do suor
O sal do seu corpo
A brisa da manha
Chegar no outro dia
Aparecido de Souza
30/09/2007
São Paulo


Rio Mogi
Cidão da Baiana
Agosto 1995
Quando a vista alcançava
Na beirado rio avistava
Ao longe o horizonte
As vezes, pensava
Que um dia partiria
Pra ver navio,
E o mundo encantado
Chegou certo dia
No começo de janeiro
Arrumei a mala
Parti por inteiro,
Vi outras terras
A mata amazônica
Alegre
Com a beleza natural
Nas cidades
Tão longe eu vivia
Mas fiquei sozinho
Me lembrando, de ti
Minha terra querida
Só penso em voltar
Pra beira do meu rio Mogi
Que um dia deixei
Nas águas lamacentas
Da lagoa do seu leito
Ali eu pescava,
Não tinha defeito
Parti um dia,
Conheci outros rios
Sempre lembrando de ti
Meu querido Mogi
Vou voltar
Sei que vou
Tomar um banho
Rever a minha infância